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Ações contra bancos

Em 2020, o Brasil registrou cerca de 90 milhões de indivíduos com contas bancárias. Após a pandemia da Covid-19, observou-se um aumento significativo na abertura de contas em instituições financeiras digitais. Contudo, surge a questão da segurança desses bancos digitais. Embora existam ferramentas para lidar com os problemas decorrentes das instituições financeiras, a extensão dos desafios enfrentados pelos clientes é notável. Ainda que haja recursos para resolver questões como cobranças indevidas ou demora no atendimento, nem sempre as pessoas conseguem solucionar esses problemas por conta própria. Se você se viu na necessidade de contestar cobranças indevidas ou enfrentar demoras no atendimento bancário, saiba que não está sozinho. Este artigo oferece mais informações sobre o tema e as ações mais comuns observadas no âmbito do Poder Judiciário.

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Ações judiciais contra bancos em casos de cobranças indevidas

Situações de cobrança indevida ocorrem quando um banco exige o pagamento de uma dívida inexistente ou já quitada, causando não apenas danos materiais, mas também podendo resultar em danos morais para o consumidor.

Esse problema é frequente em dívidas negociadas por telefone, sendo recomendável solicitar o boleto completo com informações como número do contrato, dados bancários e código de barras. Verificar regularmente os extratos é essencial para garantir que débitos automáticos ocorram corretamente e evitem juros indevidos.

No caso de uma cobrança indevida que foi paga, o consumidor tem o direito ao ressarcimento do valor, podendo receber o dobro do montante cobrado, acrescido de juros e correção monetária.

Além da restituição corrigida, é possível pleitear uma indenização por danos morais, especialmente quando a cobrança afeta a dignidade humana, como em situações de inclusão indevida no SPC SERASA ou cobranças em conta salário que prejudicam aspectos alimentares.

Ações judiciais contra bancos em casos de juros abusivos

A relação entre banco e cliente, regida pelo Código de Defesa do Consumidor, permite a revisão de contratos, mesmo que assinados voluntariamente, se apresentarem prestações desproporcionais.

Existem três situações em que os juros são considerados abusivos: quando não estão previstos em contrato, quando ultrapassam a taxa média do mercado regulada pelo Banco Central e quando são aplicados de forma desproporcional.

Para contestar juros abusivos, o consumidor pode mover uma ação solicitando a revisão das taxas, a devolução do valor pago a mais e a compensação no financiamento vigente, contando com a assessoria de um advogado especializado na área.

Ações judiciais contra bancos em casos de tarifas abusivas ou indevidas

Embora cobrar tarifas seja legítimo, é crucial que estejam previstas de forma clara no contrato. Cobranças indevidas ou não autorizadas, incluindo a TSA (Taxa de Serviços Administrativos), podem ser contestadas. Caso não tenha sido informado previamente sobre uma tarifa, a cobrança é considerada indevida, e a restituição dos valores pode ser pleiteada.

Um advogado especializado em ações contra bancos pode entrar com uma ação para solicitar a restituição de tarifas pagas indevidamente, sendo a TSA um exemplo comum de cobrança inadequada, pois se destina a custos administrativos que não são serviços prestados diretamente ao consumidor.

Ações judiciais contra bancos em casos de inscrição indevida no Cadastro de Maus Pagadores (SPC/SERASA)

A inscrição incorreta em cadastros de maus pagadores pode ocorrer por diversas razões, como divergências de informações ou falhas no sistema. Antes de realizar qualquer inscrição, é necessário comunicar a pessoa, mesmo que a dívida seja legítima.

Se a inscrição for indevida, é aconselhável procurar um advogado especialista para entrar com uma ação contra o banco, exigindo a retirada do nome dos cadastros, com possibilidade de multa estipulada pelo juiz, e pleitear indenização por danos morais e materiais.

Em casos assim, o dano moral é presumido, dispensando a necessidade de demonstrar ou provar o prejuízo.

Antes do processo judicial, é indicado que o consumidor lesado tente primeiro uma via administrativa amigável com o banco.

Em diversas situações, o diálogo pode ser a chave para a resolução. Caso você se depare com um débito “não autorizado” em sua conta, por exemplo, é aconselhável procurar a gerência.

É fundamental ter em mente que iniciar uma ação judicial pode ser um processo demorado, com resultados incertos. Portanto, é vantajoso buscar a solução do problema sem recorrer a processos legais contra o banco.

Mesmo sendo possível resolver a questão pessoalmente, é crucial ter pleno conhecimento de todos os termos acordados com o banco. Recomenda-se a leitura cuidadosa de todos os documentos relativos à contratação de serviços e produtos antes de assiná-los.

No caso de transações com bancos digitais, é aconselhável utilizar os canais disponibilizados pela instituição e lembrar-se de arquivar ou capturar imagens da tela de aplicativos.

Qual o prazo para entrar com ação judicial contra bancos e instituições financeiras?

As ações de reparação material e moral movidas contra bancos devido a serviços defeituosos são examinadas conforme as disposições do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que estabelece um prazo de prescrição de cinco anos. Por outro lado, os litígios que não se enquadram nesse cenário são avaliados à luz do Código Civil, cujo direito prescreve em um período de três anos.

Estou tendo problemas com um banco ou instituição financeira. O que fazer?

Para o ajuizamento de ação judicial em decorrência de lesão praticada por banco ou outra instituição financeira, o consumidor prejudicado deve apresentar os seguintes documentos juntamente com um breve resumo do ocorrido:

  • Documento de identificação;
  • Comprovante de residência;
  • Documento de comprovação da relação consumerista entre as partes;
  • Documentos probatórios do dano sofrido, como, por exemplo, uma cobrança indevida realizada ou a inscrição indevida do consumidor em cadastro de maus pagadores.

Importante ressaltar que, a depender da situação observada no caso concreto, o advogado poderá solicitar ao consumidor outras provas ou documentações aptas a comprovar as alegações do consumidor e, assim, garantir seus direitos perante o abuso ou prejuízo sofridos.

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